Sentei novamente diante das teclas negras e senti que queria voltar a ser o clássico
"Poeta do lápis e papel"
Voltar aqui e receber as honras pelos provados traços riscados, são as personificações da vida do
“Ilustrador de Teclado”
Pesquisador Emérito
Nasceu em São Paulo (SP), ingressou na Fundação Oswaldo Cruz em 02 de janeiro de 1984, recebeu o Título de Pesquisador Emérito em 16 de dezembro de 2004 e faleceu em 05 de março de 2016. O CD-Fiocruz quem concedeu o título honorífico a Luis Rey no dia 16/12/2004.
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Pesquisador Emérito
Nasceu em Igarapé-Miri (PA), ingressou como pesquisador do IOC ainda na década de 1940 e dedicou décadas de trabalho ao Instituto.
Na Fundação Oswaldo Cruz, recebeu o Título de Pesquisador Emérito em 28 de setembro 2006 e faleceu em 11 de fevereiro de 2012. O CD-Fiocruz quem concedeu o título honorífico a Wladimir Lobato Paraense no dia 28/09/2006.
Tecnologista em Saúde
Nasceu em Niterói (RJ), ingressou no IOC FIOCRUZ - Rio de Janeiro como desenhista técnico em 1975, passando a Ilustrador Científico, por 37 anos e 5 meses (ABR1976 - AGO2013). Arquiteto, que passou pelo Radioamadorismo, Cálculo e Desenho de Topografia, Desenho Técnico em Máquinas, Levantamento e Cadastro, Operador e Técnico em Informática e eletrônica... Hoje, observa a natureza !
Louros foram tirados e fui então congratulado a trabalhar com o maior malacologista do Brasil, talvez do mundo, Wladimir Lobato Paraense.
Foi dura a batalha que partia do zero, zero em tudo, desde a aventura de usar diferentes traços e pontos no “Bico de Pena” com a novidade de trabalhar sem auxilio da régua e esquadro, até as dificuldades de se conseguir material adequado para se obter um bom resultado final.
Esta batalha foi vencida quando o eminente malacologista e paleontólogo “Dwight Willard Taylor” reconhece a exatidão das minhas ilustrações.
Permanecer como “Desenhista Técnico” seria apenas uma reta sem elevações, para continuar a subida, só passando pelas claras noites na faculdade, até chegar ao título superior em “Arquitetura e Urbanismo”.
Este destino também carregou por três anos o curso superior de “Engenharia Elétrica”, almejada pelo aficionado rádio amadorismo e que complementava atuar como “Técnico em Eletrônica”.
Sempre olhei para as ilustrações de “Rudolph Fischer”, “Joaquim Franco de Toledo”, “Luiz Kattenbach”, “Raymundo Honório” e “Edith da Fonseca”,
e fiquei procurando seguir os traços dos grandes mestres da ilustração científica.
Usando a técnica do “pontilhismo”, que era a mais adequada à época, ainda encontrava as dificuldades na composição das imagens detalhadas em microscópios.
Eram de pouca resolução não se deixando tirar uma reprodução que não era a ideal para um bom detalhe final.
História que foi carregada por mais de quarenta anos de convivência com a ilustração, desde a escassez de material de trabalho,
pela dificuldade de se importar na época o material adequado para um resultado fiel à apresentação do trabalho.
Em resumo: A gente caminha na estrada da vida procurando seguir um rumo por onde já passaram nossos grandes mestres,
mas quase sempre nestes caminhos somos levados pela dificuldade de se fazer e sobreviver, quase sempre os modificamos...
“O que faz de mim ser o que sou, é gostar de ir por onde ninguém for” (Biafra).
As intrigas da vida...
Quando olho minhas imagens, vejo porque as descobertas da ciência foram os principais obstáculos que tive de vencer, em meu trabalho e o progresso seria uma coordenação entre cientista e ilustrador. Todo dia vejo um pássaro, todo dia vejo uma flor e a mente forma seus traços, mas, dissecar o irreconhecido pesou mais na descoberta do caminho a seguir.